Neste fichamento comentado podemos observar vários âmbitos da real avaliação, quais os problemas que passamos com a pedagogia tradicional e que melhorias poderemos ter com a implantação de uma nova pedagogia, também podemos observar quais são os papéis de alunos e professores em ambas pedagogias.
Fichamento do
Texto
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Comentários
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“Avaliar,
como tarefa docente, mobiliza corações e mentes, afeto e razão, desejos e
possibilidades. É uma tarefa que dá identidade à professora, normatiza sua
ação, define etapas e procedimentos escolares, media relações, determina
continuidades e rupturas, orienta a prática pedagógica.” (p.14)
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Podemos
observar que a avaliação não é simples, ela engloba vários fatores que devem
ser levados em consideração, até porque as abordagens de avaliação do
professor levarão ao desenvolvimento ou não do aprendizado do aluno como um
todo.
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“A
avaliação classificatória configura-se com as idéias de mérito, julgamento,
punição e recompensa, exigindo o distanciamento entre os sujeitos que se
entrelaçam nas práticas cotidianas.” (p.15)
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Este
tipo de abordagem leva o aluno a ser classificado de acordo com seu esforço,
então por isso entra o mérito que de acordo com o julgamento do professor
este poderá ser recompensado ou punido, é o tipo de abordagem mais comum
vista nas escolas.
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“[...]
a avaliação quantitativa expressa, no âmbito escolar, a epistemologia
positivista que conduz uma metodologia em que a manipulação dos dados tem
prioridade sobre a compreensão dos processos.” (p.16)
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A
abordagem de avaliação quantitativa leva em conta apenas os dados e as
respostas que os professores querem encontrar, ou seja, não levam em conta
todo um contexto social ou por qual processo aquele aluno chegou até enfim
gerar tal resposta.
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“[...]
Entre a professora e seus alunos e alunas interpõem-se instrumentos e
procedimentos [...] Tais instrumentos têm como função isolar a subjetividade
que constitui a dinâmica escolar e dar visibilidade a resultados
quantitativos que exponham o rendimento de cada estudante. [...]” (p.17)
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Existem
vários tipos de procedimentos para se fazer uma avaliação, no modelo
tradicional ou positivista geralmente são feitos testes, provas, exercícios,
fichas e entre outros, os quais já possuem uma resposta pré-estabelecida e
que pune o aluno se as respostas dadas por eles fugirem até mesmo pouco da
abordagem do professor.
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“A
pratica da avaliação, que pretende medir o conhecimento para classificar
os(as) estudantes, apresenta-se como uma dinâmica que isola os sujeitos,
dificulta o diálogo, reduz os espaços de solidariedade e de cooperação e
estimula a competição.” (p.17/18)
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Existem
alguns tipos de avaliação que apenas fazem com que os principais integrantes
da escola sejam aos poucos afastados uns dos outros, criando barreiras para o
crescimento intelectual tanto do aluno quanto da escola, tendo até mesmo
situações ruins entre uns e outros.
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“A
avaliação, assim considerada, não se refere à aprendizagem e ao ensino como
processos interativos e intersubjetivos, mas sim ao rendimento como resultado
verificável (Barriga, 2001), que pode ser medido, nomeado, classificado e
hierarquizado.” (p.18)
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Logo
basicamente a avaliação entre outras coisas tenta manipular os alunos para
que estes sejam classificados por nota, que muitas vezes são dadas injustamente,
pois existem outros fatores além da nota que deveriam ser levadas em
consideração.
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“A
avaliação remete a uma ação da professora sobre os alunos e alunas, muitas
vezes vista como uma relação de poder. Esse procedimento também evoca uma
avaliação, às vezes indireta, da própria professora.” (p.20)
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O
que basicamente vemos aqui é que o professor tenta impor seu poder utilizando
da avaliação para mostra-los aos alunos, pode acontecer de o educador
insatisfeito com sua turma puni-los com uma prova dificílima apenas pelo
prazer de ver os alunos se darem mal.
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“[...]
essa avaliação permite verificar o rendimento da professora; o resultado de
sua turma indica seu desempenho, que pode ser medido, produzindo uma
classificação na qual a professora é exposta. Ao avaliar também é avaliada.” (p.20/21)
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Porém
na maioria das vezes o rendimento do professor é testado pelo número de aprovações
ou pelo andamento dos alunos da sua classe, e do mesmo jeito que podem punir
também podem abrandar suas provas apenas por fazer com que todos tirem notas
boas. Dificultando a vida do aluno futuramente e indiretamente.
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“[...]
o processo escolar de avaliação se tece. Teia que liga estudantes,
professoras, famílias, procedimentos didáticos, organização pedagógica,
relações pessoais, relações institucionais, afetos, projetos, contexto
social, saberes, não-saberes e tantos outros elementos quantos possam estar
relacionados.” (p.22)
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Pode-se
observar e verificar que o processo de avaliação não está ligado a apenas
provas objetivas, mas se entende que para uma boa análise é feita a partir de
um conjunto de elementos, logo deve-se considerar vários fatores internos e
também externos.
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“No
cotidiano escolar, avaliando e sendo avaliada, a professora vai aprendendo
duas lições contraditórias: é preciso classificar para ensinar; e classificar
não ajuda a ensinar melhor, tampouco a aprender mais – classificar produz
exclusão e para ensinar é indispensável incluir.” (p.23)
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Como
dito no texto o método de classificação acaba por excluir os alunos menos
favorecidos, dificultando a vida deles no âmbito escolar e também pessoal,
pois basicamente aqueles que vão mal a escola tem uma maior probabilidade de
escolherem caminhos “perigosos”.
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“[...]
junto as práticas classificatórias, objetivas, que medem a aprendizagem e o
ensino, a professora vai usando conhecimentos adquiridos no fazer, no conto
com o outro [...] Deste modo – no olho -, a professora também vai avaliando
seu aluno [...]” (p.23)
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Então
é necessário surgir uma nova forma de avaliação, e então chegamos a uma forma
chamada qualitativa, onde a princípio o próprio professor começa a avalia-los
não apenas por nota, mas busca conhece-lo melhor, procurando verificar os
seus pontos fracos e fortes para desenvolver os fortes e sanar os fracos, e
só então avalia-los de forma mais estudada.
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“As
situações vividas no cotidiano da sala de aula mostram a necessidade de
criação de procedimentos que conduzam a avaliação por outros caminhos ao indicarem
a insuficiência de uma avaliação que pretende realizar uma verificação
objetiva e produzir uma medida neutra.” (p.24)
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Por
isso existe um consenso que fatores externos podem influenciar sim no modo em
que o aluno aprende, por isso métodos de avaliação devem ser melhorados e
estudados para que não haja nenhum favorecimento na sala de aula.
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“Entendo
que a avaliação qualitativa configura-se como um modelo de transição por ter
como centralidade a compreensão dos processos, dos sujeitos e da aprendizagem,
o que produz uma ruptura com a primazia do resultado característico do
processo quantitativo.” (p.26)
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Basicamente
troca-se o aluno que se conforma apenas com dado pelo professor, por uma
aluno que participa, que cria e compartilha suas ideias, um aluno que se
envolve em questões extra curriculares, um aluno que busca o conhecimento por
si só. Logo para este tipo de aluno uma avaliação quantitativa poderá
encurralá-lo num ambiente sufocante.
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“A
re-significação do exame é acompanhada pela troca das notas por conceitos,
sem dúvida faixas mais amplas que permitem incorporar à avaliação informações
adicionais e relevantes sobre o processo de aprendizagem de cada um [...]”
(p.27)
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Então
quando for necessário fazer uma prova o professor deve levar em conta os
aspectos da respostas, tentar fazer com que as perguntas sejam subjetivas,
buscando adquirir respostas mais concisas dos alunos, respostas que o levem a
pensar e conectar com o assunto abordado em sala.
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“A
avaliação, no processo de superação dessa concepção, inscreve-se no conjunto
de práticas escolares e sociais que enfatiza a produção do conhecimento como
processo realizado por seres humanos em interação, que, ao conhecer, se
conhecem; ao produzir o mundo no qual vivem, se produzem; [...]” (p.31)
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Todavia
o aluno irá adquirir o conhecimento através de seus próprios questionamentos,
a partir de interações e debates, irá adquirir um consciência mais apurada,
ao invés de simplesmente responder as questões de forma objetiva e sem
argumentação do mesmo. Eles se auto criam e desenvolvem a medida que vão
aprendendo a aprender.
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“Para
avaliar, é preciso produzir instrumentos e procedimentos que nos ajudem a dar
voz e visibilidade ao que é silenciado e apagado. Com muito cuidado, porque a
intenção não é melhor controlar e classificar, mas sim melhor compreender e
interagir.” (p.33)
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Como
visto no texto a melhor forma de avaliar contém um característica de fazer
com que o estudante interaja com os alunos ou integrantes da sala, para que
ele possa se formar como pessoa, para que se insira naquele ambiente da
melhor forma possível, para que ele se sinta parte do conhecimento como um
todo.
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“A
avaliação pretende promover uma reflexão que participe da experiência de
ensinar com e de aprender com, tecida coletivamente na sala de aula, na sala
de professores, no pátio, no refeitório, no banheiro, [...] nos tantos outros
lugares por onde transitam os sujeitos que se encontram na escola para
realizarem juntos um trabalho que visa à ampliação permanente dos
conhecimentos.” (p.35)
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Portanto
a avaliação deve ser feita de uma maneira neutra e que seja feita a partir de
um conjunto de características e fatores, desde dificuldades de aprendizagem
até situação social do indivíduo ou aluno. Afim de minimizar a classificação
dos alunos e deterioração do ensino e da aprendizagem. A forma de avaliar
deve ser feita a partir de uma diálogo continuo entre professor e alunos, a
interação entre estes e ainda com todos os integrantes do ambiente escolar
deve ser essencial.
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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